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Motivação

Uma das palavras mais usadas na maioria das grandes empresas e que é vista como fator preponderante para o sucesso de uma organização é, motivação. A palavra vem do latim “movere”, relativo a movimento, coisa móvel.

A motivação vem de dentro, do interior do ser humano, “é antes de tudo promovida por fatores internos, pessoais e intransferíveis”. (Mansi, 2008). Motivar é dar motivo, dar razão, é construir dentro de si o desejo de conquistar aquilo que se quer.

Segundo Bekin (1995 apud Batista, Souza, Brito, Santos, Matos, 2005:22), “a motivação é um processo global que visa comprometer o funcionário com os objetivos da empresa e integrá-lo à cultura organizacional existente”.

Para Cratty, (1984, apud por Malavasi; Both, 2005), “a motivação é conceituada como o processo que leva as pessoas a uma ação ou inércia em diversas situações. Este processo pode ser ainda o exame das razões pelas quais se escolhe fazer algo, e executar algumas tarefas com maior empenho do que outras”.

Os conceitos sobre motivação sempre se baseiam nas palavras que compõe o termo: “motiv” e “ação”, caracterizando as atitudes que leva o ser humano a ter. Muitas são as classificações que representam a motivação. A seguir serão apresentados os dois grandes grupos segundo Fontes, 2008.

1.Motivações fisiológicas (primárias, básicas, biológicas, orgânicas)

As que estão ligadas à sobrevivência do organismo e não resultam de uma aprendizagem. Elas provocam no organismo certos impulsos para o restabelecimento do seu equilíbrio. Estas motivações encontram-se estreitamente ligadas com determinado estado interno do organismo. Exemplos: respiração, fome, sede, sexo, evitar o frio e o calor, sono, etc. A homeostasia designa o mecanismo que regulação o equilíbrio interno do organismo.

  1. Motivações sociais (secundárias, culturais)

As que dependem essencialmente de aprendizagens, isto é, foram adquiridas no processo de socialização. Exemplos: Necessidade de convivência (afiliação), de reconhecimento, de êxito social, de segurança, etc. Este grupo pode ser subdividido, por exemplo, entre motivações sociais centradas no indivíduo e ou centradas na sociedade.

a) Centradas no indivíduo (auto-afirmação): desejo de segurança, de ser aceite, de pertencer a um grupo, de alcançar um estatuto social elevado, de enriquecer, etc.

b) Centradas na sociedade (independentes dos nossos interesses particulares): respeito pelo próximo, de solidariedade, de amizade, de amor, etc.

Há quem questione esta divisão das motivações, afirmando que todas elas têm um fundo comum: a busca do prazer, o único e verdadeiro motivo de todas as ações humanas.

Diante do exposto sobre os tipos de motivação, será apresentada a Teoria da Motivação defendida pelo psicólogo Abraham Maslow que retrata a teoria das necessidades humanas como fatores motivacionais (referida por Paiva, 2007).

o Necessidades Fisiológicas: São relacionadas às necessidades do organismo, e são a principal prioridade do ser humano. Entre elas estão respirar e se alimentar. Sem estas necessidades supridas, as pessoas sentirão dor e desconforto e ficarão doentes.

o Necessidades de Segurança: Envolve a estabilidade básica que o ser humano deseja ter. Por exemplo, segurança física (contra a violência), segurança de recursos financeiros, segurança da família e de saúde.

o Necessidades Sociais: Com as duas primeiras categorias supridas, passa-se a ter necessidades relacionadas à atividade social, como amizades, aceitação social, suporte familiar e amor.

o Necessidades de Status e Auto- Estima: Todos gostam de ser respeitados e bem vistos. Este é o passo seguinte na hierarquia de necessidades: ser reconhecido como uma pessoa competente e respeitada. Em alguns casos leva a exageros como arrogância e complexo de superioridade.

o Necessidade de Auto-Realização: É uma necessidade instintiva do ser humano. Todos gostam de sentir que estão fazendo o melhor com suas habilidades e superando desafios. As pessoas neste nível de necessidades gostam de resolver problemas, possuem um senso de moralidade e gostam de ajudar aos outros. Suprir esta necessidade equivale a atingir o mais alto potencial da pessoa.

A hierarquia das necessidades no meio organizacional tem como objetivo auxiliar um líder capacitado e preocupado com a sua equipe, a identificar as necessidades de seus subordinados e motivá-los de acordo ao que foi identificado, baseado nas necessidades individuais de cada um. Se o colaborador apresenta ter necessidades de segurança, ele pode ser estimulado através de uma proposta de aumento da comissão de vendas se alcançar determinada meta, já o colaborador que demonstra ter necessidades sociais, este se sentirá valorizado se for promovido, entre outros exemplos.

Desta forma, cada colaborador será estimulado de maneira diferente, com recursos diferentes, maneira única. Isso ajudará muito no resultado final o que proporcionará uma motivação mais completa e individualizada.

PRISCYLA CALDAS

Referências:

Batista, A., Souza, D., Brito, L., Santos, P., & Matos, R. (2005). Resultados Obtidos com a implementação de ferramentas e estratégias de endomarketing para melhoria da comunicação interna e motivação pela empresa Persitec Indústria e Comércio LTDA no período de Janeiro a Junho de 2005. Monografia apresentada ao curso de Pós-graduação em Administração da Universidade Federal da Bahia para obtenção do título de especialista, orientado por Tenório Cavalcante.

Fontes, C. (2008). Motivação. (documento online). Navegando na Filosofia. Acedido em: 20 de Julho de 2009, em: http://filotestes.no.sapo.pt/psicMotivacao.html.

Malavasi, L.M., & Both, J. (2005). Motivação: uma breve revisão de conceitos e aplicações (documento online) Efdeportes.com. Acedido em 08 de Julho de 2009, em: http://www.efdeportes.com/efd89/motivac.htm

Mansi, V. (2008, 28 de Agosto). Motivação ou Engajamento? (texto colocado no Blog comunicacaocomfuncionario.blogspot.com) enviado para http://comunicacaocom funcionario.blogspot.com/2008/08/motivao-ou-engajamento.html. Acedido em 08 de Junho de 2009.

Paiva, L. (2007). A teoria de motivação de Maslow (documento online) ogerente.com. Acedido em 15 de Agosto de 2009, em: http://ogerente.com/stakeholder/2007/04/03/a-teoria-de-motivacao-de-maslow/