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Nós empresários, sobreviveremos ao Coronavírus?

Nós empresários, sobreviveremos ao Coronavírus?

[Opinião] Ontem ouvi um podcast falando sobre a importância do governo e dos meios de comunicação passarem para população a sensação de pânico, para que assim as pessoas levem a sério e não tratem o Covid-19 apenas como uma gripe leve.

Não vou falar aqui sobre a doença porque não sou capacitada para isso, mas falarei enquanto pequena empresária sobre os riscos que isso pode gerar para economia. Muitos ainda estão divulgando memes divertidos e levando na brincadeira tudo o que está acontecendo, não considerando que não se trata apenas de um vírus.

Nunca em minha vida, viví algo neste nível. Não consigo visualizar um segmento, uma empresa que fique livre do que poderá ser instalado no país, ou melhor, no mundo. Nós aqui no Brasil, somos privilegiados porque estamos nos preparando baseado nas experiências recentes vividas em países como China e Itália. O que pode minimizar, mas não nos afasta das consequências graves que vai além da saúde das pessoas.

Vejo nas próximas semanas uma ‘bola de neve’ se instalando no país. Empresas fechando, funcionários podendo ser demitidos a qualquer momento, pessoas evitando gastos e a economia retraindo cada vez mais.

O que fazer para amenizar o caos?

Se reinventar. Avaliar quais alternativas podem ser utilizadas pela sua empresa para seguir com o atendimento e prestação de serviço aos clientes. Reuniões por videoconferência, produtos que podem ser entregues em casa, equipes trabalhando à distância, outras que podem trabalhar em rodízio, focar em produtos/serviços que tenham melhor aceitação no momento, garantia de locais esterilizados e em condições livres do risco de contágio e se for o seu caso, canalizar as energias para as vendas pela internet.

Conversar com outros empresários de diversos segmentos e analisar juntos quais medidas estão sendo tomadas e quais se encaixam no seu perfil, também é uma saída. Vamos sim, enfrentar um momento delicado, se nós cidadãos não nos conscientizarmos do cuidado que precisamos ter, que não se resume apenas a lavar as mãos e passar álcool gel, algo muito pior poderá acontecer.

Espero, de coração, estar bastante equivocada quanto a minha análise e que nas próximas semanas os dados sejam melhores do que as previsões apresentadas pela mídia, mas prefiro atuar na precaução do que na negligência. Não podemos ficar esperando as coisas acontecerem e sim nos antecipar.

Precisamos nos unir e encarar o desafio de frente, apoiar uns aos outros no que for possível, afinal, o Covid-19, veio para mostrar que não se trata apenas de uma gripe.

Priscyla Caldas